terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Morrer é preciso... Para renascer melhor ainda!


Num artigo muito interessante, Paulo Angelim, que é arquiteto, pós-graduado em marketing, dizia mais ou menos o seguinte:

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas a ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação.

Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio. A morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro.

  • Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.
  • Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas.

  • Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém.


  • Quer ter boas amizades? Então mate dentro de si a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo. Mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. Respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos.
Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior. E qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo essa produtividade, e, por fim prejudicando nosso sucesso.
 
Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam e acabam se transformando em projetos acabados, híbridos. Adultos infantilizados.
 
Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que mantemos as virtudes de criança, que também são necessários: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, tolerância, etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a agir como adultos.

Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído? Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o "egoísmo" é o "egocentrismo", para que nasça o ser que você tanto deseja ser. 

Pense nisso e morra! Mas, não esqueça de nascer melhor ainda!

8 comentários:

Pobre esponja disse...

Mas é isso mesmo. Como diz o ex Beatle, Paul: Viva e deixe Morrer (Live and let day)!

abç
Pobre Esponja

Angela disse...

Adorei o post, concordo com cada palavra que foi dita aqui!
Sejamos com as fênix, que encerram um ciclo da vida, é renascem para outro!
Abrir mão, ceder e deixar morrer velhos conceitos, e dar espaço ao novo... esse é o segredo!
Adorei o blog, estou te linkando do meu e te seguindo!!

PCN disse...

Muito bom o seu texto, você tem completa razão! Devemos morrer para renascer cada dia melhor...

Parabéns!
http://papeisriscados.blogspot.com/

Dual disse...

orra..bem trash isso..mas é pura realidade..
e as vezes qnd estamos mtoo bem algo nos mata pra nos fortalecer dps..

mto bom o texto..

parabens!

Guilherme Bayara disse...

Adorei o texto.
A palavra morte é forte e definitiva, por isso é ideal para falar daquilo que devemos deixar para no passado. devemos matar certos comportamentos.

Anônimo disse...

Li teu post e estou agora, dia 26 abril completando 50 anos e creio que estou numa angustia muito grande, não pela idade...isso não importa, pois estou com vontade de ir embora...tedo abandonar, pois tenho a sensação de que tudo ja fiz e agora é a minha hora e so a conseguirei se sair dessa vida e desse compromisso...chamam isso de covardia, eu chamo de decisão

Anônimo disse...

Li teu post e estou agora, dia 26 abril completando 50 anos e creio que estou numa angustia muito grande, não pela idade...isso não importa, pois estou com vontade de ir embora...tedo abandonar, pois tenho a sensação de que tudo ja fiz e agora é a minha hora e so a conseguirei se sair dessa vida e desse compromisso...chamam isso de covardia, eu chamo de decisão

Arnaldo disse...

Olá Patrycia.
Buscava na internet a confirmação de que Krishnamurti havia proferido a expressão "a vida é um constante morrer e renascer" e encontrei o seu blog.
Pela busca do Google, a indicação do blog foi a que mais se aproximou da expressão, então entrei.
Não tenho dúvida de ter lido esta expressão em alguma referência a ele, mas como estou escrevendo, me esforçando imensamente, minha dissertação de mestrado (achem louco, mas é em Quimiometria ... bom na internet tema definição) e eu pretendo colocar esta expressão, pois desde os meus 17 anos a guardo em minha memória, eu queria apenas confirmar a expressão corretamente.
Antes de acessar a internet consegui encontrar, nos meus guardados, uma "Edição Especial de Planeta" sobre Krishnamurti, datada de agosto de 1974.
Para descansar a mente um pouco, resolvi procurar se nesta revista tinha a expressão. Li boa parte da revista, e que alento para o meu espírito, me reencontrar com pensamentos tão especiais.
Logo em seguida acessei seu site e, que alegria, ver que tem muitas pessoas que conseguem pensar de forma tão "livre". Sim, esta é a idéia que Krishnamurti sempre tentou passar para aqueles que queriam ser presos a ele, seguindo-o como um mestre.
Um grande abraço, e tenha certeza que suas filhas poderão lhe ensinar muito, se você se deixar livre para aprender.