quarta-feira, 12 de março de 2008

Renascer, a cada dia, mais humana!


Muitas vezes abrir mão da eternidade leva-nos inevitavelmente ao sofrimento. Entretanto, é melhor sentir dor, amor, frustração, ternura, decepção , carinho e cumplicidade do que passar uma eternidade sem tê-los.

Hoje decidi fazer algo novo. Decidi ouvir o som abafado do meu susurro e entender que algumas coisas são inexplicáveis e permanecerão para sempre imutáveis.

Meu coração rendeu-se ao silêncio e pude perceber que há muitas coisas que podem, e devem, ser lançadas no mar do esquecimento. Como consequência, essa atitude pode, e deve, mudar definitivamente a história da minha vida.

Olhei-me atentamente pela primeira vez e vi como realmente sou. Olhei-me sem hipocrisia, sem máscaras, sem desculpas, desnudei-me de mim mesma. Meu coração guiou-me a um encontro com a minha humanidade!

Pude perceber que tornar-me humana significa reconhecer que não sou perfeita, que sou passível de erros, que não preciso ter todas as respostas. Percebi que tenho deficiências, áreas de sombras, desejos ocultos... Fraquezas que não podem ser confessadas.

Rasguei-me por dentro ao confrontar-me com minha humanidade. Percebi que viver no contexto da eternidade significa considerar-se infalível, ser cheia de arrogância, achar-se acima do bem e do mal. Ser intolerante, julgar as pessoas por suas falhas... Não ser compassiva, chegar ao extremo na busca da perfeição.

Que preço alto a pagar!

Pois bem, decido pela minha humanidade. Cometerei erros, terei decepções, sofrerei, mas também serei mais tolerante, menos arrogante, mais compreensiva e saberei amar de uma maneira plena, livre de preconceitos.

Essa será minha eterna busca:
Morrer para mim mesma e procurar renascer, a cada dia, mais humana.

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