quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A arte da negação


A chave para nossa existência está na negação. Negamos estar cansados, negamos estar com medo, negamos quando gostamos de alguém, negamos quando queremos sucesso e o mais importante, negamos estar negando.

Mas às vezes a realidade nos prega peças. Ela chega e nos pega de foram traiçoeira, atacando pelas costas. E quando isso acontece, não podemos fazer nada.

O mundo do fingimento é uma jaula, não um casulo. Só podemos mentir para nós mesmos por um certo tempo. Estamos cansados, com medo e negar não muda a verdade. Mais cedo ou mais tarde, temos que colocar as negações de lado e encarar o mundo de frente, com as armas (sejam elas quais forem) em punho. Porque a negação não é um riozinho qualquer. Ela é um baita oceano.

E nesse caso, como impedir que nos afoguemos??

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


"...Tanto tempo perdido sem semear e sem plantar.
No fim, a tulha vazia. Vazio o coração que não soube dar..."

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Morrer é preciso... Para renascer melhor ainda!


Num artigo muito interessante, Paulo Angelim, que é arquiteto, pós-graduado em marketing, dizia mais ou menos o seguinte:

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas a ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação.

Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio. A morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro.

  • Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.
  • Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas.

  • Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém.


  • Quer ter boas amizades? Então mate dentro de si a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo. Mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. Respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos.
Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior. E qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo essa produtividade, e, por fim prejudicando nosso sucesso.
 
Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam e acabam se transformando em projetos acabados, híbridos. Adultos infantilizados.
 
Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que mantemos as virtudes de criança, que também são necessários: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, tolerância, etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a agir como adultos.

Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído? Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o "egoísmo" é o "egocentrismo", para que nasça o ser que você tanto deseja ser. 

Pense nisso e morra! Mas, não esqueça de nascer melhor ainda!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Quando saber...

Há algo a ser dito sobre o copo cheio pela metade, sobre quando saber a hora de dizer "chega". Acho que é um limite controlável, um barômetro da necessidade e do desejo. Isso compete a cada um... E depende do que esteja sendo servido.
Ás vezes, tudo que precisamos é um gole.
Outras vezes, nada é suficiente.
O copo não tem fundo, e tudo o que queremos, é mais.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Carpe Diem!


NUNCA DEIXE PARA AMANHÃ O QUE SE PODE FAZER HOJE!
Não sei por que adiamos as coisas, mas se pudesse adivinhar, diria que tem a ver com medo. Medo do fracasso, medo da dor, medo da rejeição... Às vezes o medo é só de tomar uma decisão, pois... E se estiver errado? Se estiver cometendo um erro que não possa consertar?

Do que quer que tenhamos medo, uma coisa é certa: quando deixamos de viver ou fazer algo que queremos, a dor e a tristeza causadas por não se fazer fica pior do que o próprio medo de fazê-la. Nesse caso, nos tornamos patéticos.

Quem vacila, está perdido. Não dá para fingir que ninguém nos avisou. Ouvimos os provérbios, os filósofos, ouvimos nossos próprios avós nos avisando sobre o tempo perdido. Ouvimos os benditos poetas gritando, urgindo a aproveitar o dia. Mesmo assim, teimamos em ver com os nossos próprios olhos.

Temos que cometer nossos próprios erros. Temos que aprender nossas próprias lições. Temos que varrer as possibilidades de hoje debaixo do tapete de amanhã até não podermos mais, até finalmente compreendermos o que realmente quer dizer "Carpe diem!" Não deixe para amanhã o que se pode viver (e fazer) hoje!

Que saber é melhor que imaginar...
Que acordar é melhor que dormir...
E até mesmo o pior fracasso, até o pior e irremediável erro é mil vezes melhor que não tentar.

Seja qual for o resultado, não tenho medo e tento sempre. E você?

Adultos e responsabilidade...

Lembra de quando você era criança e a nossa maior preocupação era se ia ganhar ou não uma bicicleta ou comer biscoitos no café da manhã?

Ser adutlo não tem a menor graça. Falando sério, não deixe se iludir pelos belos sapatos, pelo sexo e pela ausência de alguém dizendo o que fazer! Ser adulto significa responsabilidade.

Responsabilidade é uma boa droga. Quando adultos, temos que estar em lugares e fazer coisas e ganhar a vida e pagar aluguel... E se você, assim como eu já tem filhos, uau! Isso faz bicicletas e biscoitos parecerem muito legais, não é não?

Sabe qual a parte mais apavorante da nossa responsabilidade? Quando erramos e deixamos algo escorregar por entre os dedos...

Depois que passamos da idade de usar aparelho e do primeiro sutiã, a resposabilidade nunca mais nos deixa. Ela não pode ser evitada. Ou alguém nos obriga a encará-la ou sofremos as consequências. Tá, tudo bem, ser adulto tem suas vantagens: os sapatos, o sexo e o fato de não ter ninguém para dizer o que você tem que fazer.

Mas enfim, a responsabilidade é a consequência por crescer. É a ordem natural das coisas. A vida real, não nos permite ser Peter Pan. Que pena... Ou não rs.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Aos meus amigos de coração partido...


Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar a própria vida.
A dor de um coração partido é inevitável, mas o sofrimento é opcional.
E lembre-se: É melhor ver alguém que você ama feliz com outra pessoa, do que vê-la infeliz ao seu lado.

Mário Quintana

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Felicidade!


Quando se está feliz
O riso corre mais solto
A alma levita um pouco
O coração bate louco

Quando se está feliz
A vida parece mais bela
A aura fica amarela
E o corpo é o que mais diz
"Eu todo estou muito feliz!"

domingo, 17 de janeiro de 2010

Tribalistas não sabem namorar...


Na hora de cantar, todo mundo enche o peito nas boates e gandaias, levanta os braços, sorri e dispara: "... eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também..." No entanto, passado o efeito da manguaça com energético, e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que toda ação tem uma reação? Agir como tribalistas tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, pra ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém.
Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e, nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Embora já saibam namorar, os tribalistas não namoram. "Ficar" também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.
Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente por uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais.
Assim, como só deseja a cereja do bolo tribal, enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas, e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só pra dizer boa noite, ter uma boa companhia pra ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém pra fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar. Já dizia o poeta que amar se aprende amando. Assim podemos aprender a amar nos relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos, sensações.
Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...
É arriscar, pagar pra ver e correr atrás da tão sonhada felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins. Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida SOLIDÃO...
"Seres humanos são anjos de uma asa só, para voar tem que se unir ao outro”.

Arnaldo Jabor

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".
Carlos Drummond de Andrade